terça-feira, 30 de agosto de 2011

Primeiro contato!



Foto: Felipe Ramelli
No domingo, dia 28, nós tivemos o primeiro contato com esse universo dos imigrantes italianos e seus descendentes. Foi a festa da Nossa Senhora Achiropita, a padroeira italiana dos imigrantes. Conta a história de que um padre teria pedido para que fosse pintada a imagem de Nossa Senhora na lateral da sua capela lá na Itália, só que a pintura nunca ficava na parede... Daí, um dia, de repente, apareceu uma imagem belíssima da Santa. Depois dessa, não era para menos, ficou: a Nossa Senhora que não foi pintada pelo homem. Agora, a relação com os imigrantes eu ainda não esclareci.

(A Festa de Nossa Senhora Achiropita, é realizada todos os anos durante os fins de semana de agosto. Comemorada desde 1926, originalmente por imigrantes italianos da região da Calábria, segundo a fonte super segura Wikipédia)

Enfim... A Festa na Paraíba é promovida pelo Instituto Dante Alighieri (onde toda a história desse livro começou, mas isso já foi dito no post anterior) e deveria ter acontecido no dia 15 agosto, neste caso, no domingo dia 14, mas aí era Dia dos Pais. Então eles foram adiando... adiando... e acabou ficando no dia 28 mesmo.
Chegamos um pouco tarde à missa que acontecia na Paróquia São Miguel Arcanjo, no Bessa. Mas da Comunhão ao “Ide em paz” valeu SUPER a pena. Primeiro, pela língua, o italiano é um idioma fantástico, sonoro, gostoso aos ouvidos. Sempre que penso na Itália imagino um folhado sendo partido ao meio, com uma capinha crocante e queijo derretido esparramando depravadamente na superfície lisa do prato. Então a sensação era essa, cada palavra que era dita, eu dava uma mordida imaginária no meu folhado.
Logo depois fomos à área externa da Igreja, onde mesinhas representavam a bandeira da Itália através de tolhas verdes, brancas e vermelhas de TNT. Na cozinha, as simpáticas jovens da foto acima preparavam o penne para servir. Bolonhesa, pomarola ou quatro queijos, dentre as opções, escolhi o máximo que pude.
Comidas, Yolanda, teclado e Giuliana, minha ilustríssima anfitriã, que nos guiou para o primeiro face-to-face com os descendentes das famílias pré-selecionadas. Primeiro, Alessandra Trocolli, que explicou a grafia correta do seu sobrenome, com um cê e não dois, e sugeriu uma abertura extraordinária para o livro. [Segredo por enquanto]. Em seguida, Ialmita Grisi, uma senhorinha muito simpática com a qual a eu já havia conversado por telefone, mas ela me surpreendeu com um problema: Os Grisi estariam sem “cozinheiro” para o livro, nem ela, nem nenhuma das primas estavam com disponibilidade para prepararem suas receitas. [Problema a ser solucionado mais adiante]. Cristina Di Lorenzo, Domenica e Valdira Magliano vieram depois, todas muito empolgadas com a idéia de participarem do projeto. De tanto falarem em nhoque, cavatelle (ou cavatiulle) tive a impressão de que cada página vai exalar um vaporzinho de macarrão italiano no fogão. Por fim, Normando Perazzo e as expectativas que de quem deverá estar viajando justo quando deveríamos entrevistar os Perazzo.
Criamos novas expectativas e, a cada dia, cresce a responsabilidade. Quanto aos Perazzo, sugerimos mudar a data.. estou aguardando uma resposta.

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