terça-feira, 30 de agosto de 2011

Grisi, Trocolli, Perazzo, Magliano e Di Lorenzo




Foto: Internet

Um dia no começo deste ano (2011), eu estava na aula de italiano, no Instituto Dante Alighieri. Era quarta a noite e, como de costume, era minha vez de abrir o coração (em italiano) para minha querida docente Giuliana Rossi. Normalmente, conversamos mais do que fazemos os exercícios – isto, na grande maioria das vezes, por minha culpa.
Uma das grandes maravilhas de ter começado a estudar o italiano foi descobrir Giuliana. Ela se tornou uma amiga querida, coisa que eu jamais pensei que aconteceria entre mim e uma jovem senhora mãe de quatro filhos adultos, se eu contei certo. A Itália sempre atraiu minha atenção, desde pequena, a imagem (mental) de caminhar pelas ruas de Roma me fez acreditar que eu choraria rios de felicidade, suficientes para afundar de Roma à Veneza, assim que pusesse os pés por lá. Por isso comecei a estudar italiano... e pelo tradicional parentesco europeu. Não! eu não sou descendente, nem ascendente, nem signo na lua de nenhum italiano. Minha relação é puramente de amor por um lugar que eu jamais visitei.
Foi então que, de um pulo à outro, eu sai de uma aluna querida para a autora deste livro, “5 jantares - Um histórico de famílias italianas na Paraíba”. A idéia foi, e sempre será, de Giuliana. Este livro era um sonho que ela tinha: retratar a memória, as histórias, a leveza da cultura italiana na Paraíba através dos seus descendentes e das suas receitas culinárias. Uma idéia que ela propôs e eu abracei. De repente, eu larguei as premissas de realizar um projeto de monografia e passei a refletir sobre aquilo que Capote chamava de “Romance não-ficcional”.
Dias depois, meu professor orientador Thiago Soares, olhou para mim e disse: Livia, cinco jantares? Porque não cinco jantares? Você reúne as histórias, descreve as lembranças e junta tudo em uma mesa de jantar.
Daí, partimos para preparar o pré-projeto, escolher as famílias – segundo sua disponibilidade e interesse, muito mais do que da sua representatividade para a Paraíba. Feito isto, em 11 de julho de 2011, confirmamos a aprovação oficial da coordenação do curso para a execução do livro que Giuliana já chamava de “Cinque Cene” (Cinco Jantares), nada mais sonoro. J



Foto: Felipe Ramelli
Falamos em tiragem, capa, em “vender como água”... Vender? O projeto foi ficando cada vez mais audacioso. (vale ressaltar que tudo ainda é uma metamorfose com planos que se adaptarão à realidade de execução deste projeto). Mais ou menos nessa época, a parceria acadêmica com Felipe Ramelli coube como uma luva. Ele precisava de um projeto e eu de um co-autor, dupla perfeita e, de repente, mais sangue italiano entrou para produção do livro.
5 jantares ou Cinque Cene, como queiram, será um projeto de amadores na arte da literatura, iniciantes no bate-teclas do jornalismo, mas já é um sonho realizado. Este blog existe justamente para que você, visitante, possa ler o livro enquanto ele é escrito. Trata-se de mostrar além das páginas, ampliar a visibilidade da história, conhecer o que não será dito e fazer alguma propaganda heee. Depois, mais tarde, em novembro, o visitante se tornará leitor e o leitor, um visitante, em uma maneira nova de retornar ao passado e reler tudo, só que dessa vez sob o recorte dos autores.

Conto com a presença de vocês,
Livia.

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